Segunda-feira, 12/10/2015. 19:45
“E as sondagens, Afonso?”
“Em principio, quinta ou sexa-feira.”
“Não podemos antecipar?”
“Hum… Acho que não. O engenheiro diz que
ainda é cedo para pôr a carne toda no assador.”
“Mas temos resultados?”
“Temos. Temos todos os resultados que
quisermos. Fizeram-se cinco perguntas. Vamos apresentar respostas a duas.”
“Às melhores?”
“Por acaso, não. As perguntas são as
piorezinhas mas são as que nos favorecem.”
“A que diz que querem que o Costa vá a Primeiro?”
“Nessa não tivemos um grande resultado.”
“Não?”
“Não.”
“E a do governo do PS com o Bloco e/ou com
o PC?”
“Também não.”
“Então?”
“Ganhámos na do “Teme um governo liderado
pelo PS, aberto a independentes de várias áreas politicas e com o apoio
parlamentar do PC e do Bloco?”
“E?”
“E as pessoas não temem.”
“É fraquinha e é pela negativa, mas não era
isso. Eu estava a perguntar era qual é a outra que ganhámos?”
“Ganhámos não é a definição correcta mas
pronto. A outra foi a “Entende que constitucionalmente é possível um governo
liderado pelo PS nas actuais condições resultantes das eleições de 4 de Outubro?”
“Boa!”
“Pois, boa… mas tivemos de lhes explicar que
era uma mera hipótese constitucional. Acho que não podemos apresentar isto como
sondagem, vamos para consulta de opinião ou coisa do género.”
“Tem de dizer sondagem, Afonso. Tem de
deixar as pernas do Cavaco todas a tremer.”
“O engenheiro sugeriu sondagem de opinião.”
“Ó pá, é isso, Afonso. É isso. Sondagem
de opinião! O Zé sabe-a toda. O homem é um mestre. Olha lá, e se tivermos de
antecipar?”
“Antecipa-se. Desde que o mestre
concorde, por mim, está feito.”
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