Precisamos?, escreveu.
Precisamos., responderam-lhe.
Porquê?
Porque não?
Eu não disse que não queria. Perguntei: porquê?
Porque precisamos.
É vago.
O que interessa não é isso.
Não? Então, o que é?
O conteúdo da conversa.
Diz.
O quê?
O queres dizer.
Temos de falar.
Também acho.
De quê?
Tu não sei, ainda não disseste.
E tu?
Da tua sanidade mental.
Da minha?!
Sim, da tua.
Porquê?
Isto não chega?
Isto?
Esta conversa.
Isto não é uma conversa.
O outro também dizia que aquilo não era um cachimbo.
O quê?
Um cachimbo.
Mas se era um cachimbo…
Pois, é como isto: uma conversa que tu dizes que não é uma conversa.
Isto é uma troca de sms.
O cachimbo também não era um cachimbo: era a imagem de um cachimbo.
Estás a insinuar que eu não sei o que é uma conversa?
Não estou a dizer.
Ah! Ao menos isso.
Falta a vírgula: “Não, estou a dizer.”
Não percebi.
Não estava a insinuar, estava a dizer!
Não se pode falar contigo!
Mas temos de o fazer…
Pois temos.
Achas que é mesmo necessário?
15.000 empregos, viste?
O quê?
O PS diz que vai criar 15.000 empregos.
Vi mas eu ainda sou do tempo em que o PS criava 150.000. Cento e cinquenta mil. Estes são uns meninos.
Pois, o Sócrates é que era. Era tudo à grande.
Era isto?
O quê?
O que tínhamos para falar?
Não, achas?
Eu não acho nada. Só perco…
Falamos depois, agora não posso.
Ok.
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